
O grupo atuava na produção e venda de documentos falsos utilizados para obtenção de registros em conselhos profissionais e para o exercício ilegal de atividades em profissões regulamentadas. | Créditos: Divulgação/PF
Publicado em: 11 de Junho, 2025 | Fonte: Rafael Almeida
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (11), a Operação Código 451 com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na falsificação e comercialização de diplomas de ensino superior. As ações ocorrem em Mato Grosso do Sul, com cumprimento de mandados em Campo Grande e Cassilândia, além de outros 11 estados e o Distrito Federal.
De acordo com a PF, o grupo atuava na produção e venda de documentos falsos utilizados para obtenção de registros em conselhos profissionais e para o exercício ilegal de atividades em profissões regulamentadas. A rede de falsificação operava um ambiente digital com aparência oficial, oferecendo diplomas fraudulentos por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens.
Site que comercializava diplomas falsos foi bloqueado pela polícia. | Créditos: Divulgação/PF
Entre os cursos alvo da fraude estão Direito, Psicologia, diversas Engenharias, Biomedicina, Fisioterapia, istração e Educação Física. Até o momento, 33 diplomas falsificados já foram identificados pelas autoridades.
As investigações apontam que o esquema possuía divisão de tarefas entre os envolvidos, abrangendo a produção, comercialização e utilização dos diplomas falsos. Há ainda indícios de crimes como lavagem de dinheiro e associação criminosa. Segundo a Polícia Federal, pelo menos oito pessoas já teriam conseguido registro profissional ativo com os documentos ilegítimos, atuando nas áreas correspondentes.
Os envolvidos poderão responder por crimes de falsificação de documento público, uso de documento falso, estelionato, exercício ilegal da profissão e receptação. A PF informou ainda que notificará os conselhos profissionais para que avaliem os registros obtidos com documentação irregular e adotem eventuais sanções istrativas.
No total, a Justiça Federal expediu 25 mandados de busca e apreensão, incluindo buscas na residência do principal suspeito de liderar o esquema, além de outros alvos beneficiados pelas fraudes.
A investigação teve início após a detecção de um diploma falso apresentado para registro profissional. A análise do documento levou à descoberta de um site fraudulento, hospedado em plataforma pública, que simulava um sistema oficial de verificação de diplomas universitários.
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